quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Dislexia na infância não significa menos inteligência

A dislexia infantil, um défice na consciência dos sons das palavras que atinge muitas crianças em idade escolar e pré-escolar, pode reflectir-se em dificuldades na fala e na leitura mas não é sinónimo de pouca inteligência.

«Essa é uma noção desajustada do problema, pois a criança pode ter um défice na consciência fonológica e a inteligência ser independente disso”, sublinha Ana Serrão Neto, coordenadora da Pediatria do hospital Cuf Descobertas.

Algumas investigações internacionais apontam para uma prevalência entre 5 a 10% das crianças em idade escolar. O insucesso escolar pode ser uma das consequências da dislexia quando não diagnosticada correctamente, mas o mesmo não significa que a criança tenha dificuldades cognitivas, ou seja, que seja menos inteligente do que as demais.

Para evitar a progressão da dislexia infantil, pais e educadores devem estar atentos para que o défice na leitura e compreensão de sons não se estenda durante muito tempo, prejudicando a aquisição de conhecimentos.

Entre os vários sinais de alarme que podem sugerir o diagnóstico precoce da dislexia encontram-se a reduzida ou inexistente linguagem até aos dois anos, linguagem infantil durante muito tempo, dificuldade de memorização de algumas palavras básicas e o recurso a frases curtas com omissões ou alterações de determinadas palavras.

A principal causa de desenvolvimento da dislexia é a hereditariedade, podendo atingir entre 40 a 50 por cento das crianças cujo pai ou mãe sofram do mesmo problema. As probabilidades apontam para uma maior incidência nas crianças do género masculino do que do género feminino.

Fonte: Sol

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