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terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

MEC recupera leitura de exame para disléxicos

Depois da polémica que enfrentou durante a época de exames do ano passado, o ministério volta atrás em várias questões do Ensino Especial, como nas provas ao nível de escola para crianças com necessidades educativas especiais.

Depois do braço de ferro com os professores e pais dos alunos com Necessidades Educativas Especiais (NEE) a propósito dos exames de 2012, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) parece ter cedido. Segundo as orientações para a aplicação de condições específicas nestes casos, publicadas neste sábado, em 2013 regressam a leitura dos enunciados dos exames para os alunos com dislexia e a possibilidade de fazer provas a nível de escola, em casos excepcionais, para estudantes que têm limitações de outro tipo.

No documento, publicado na área da página electrónica do Júri Nacional de Exames (JNE) reservada às direcções das escolas, o MEC coloca várias restrições à concessão de condições especiais aos alunos com NEE. Como, por exemplo, já estar previsto que aqueles tenham medidas educativas específicas nos respectivos Programas Educativos Individuais (PEI). As regras, no entanto, parecem ser apaziguadoras em relação à polémica que no ano passado se prolongou por vários meses e obrigou à intervenção do Provedor de Justiça.

Os alunos com dislexia, por exemplo, voltam a beneficiar da leitura do enunciado por um professor-vigilante, em sala separada dos restantes alunos, caso o problema seja considerado “severo”. A autorização dependerá do director de escola, no 4º e no 6º anos e do JNE no 9º e no secundário.

Para que os alunos do 11º e 12º anos usufruam daquela medida, a dislexia terá de ter sido confirmada até ao final do 2.º ciclo do Ensino Básico e exigido, desde então, apoios pedagógicos personalizados constantes no respectivo PEI.

O MEC reforça ainda que tanto no 9º ano como no secundário, só atenderá a casos de dislexia “de extrema gravidade”, por considerar que os estudantes “já deverão ter um nível de automatismo na identificação das palavras escritas e de compreensão escrita igual ao da compreensão oral dos textos”, “dado que o diagnóstico atempado terá permitido a intervenção, o treino e a reeducação pedagógicas”.

Regime transitório para o 9º e secundário

Outra das novidades é o regresso das provas a nível de escola. Feitas precisamente na escola para substituir os exames nacionais, estas serão autorizadas nos casos em que os alunos necessitam de adaptações na estrutura da prova e nas questões, “nomeadamente, textos mais curtos, perguntas de resposta curta, itens de escolha múltipla, itens de correspondência, preenchimento de espaços, entre outros tipos de questões”, especifica o MEC.

O ministério reforça, no entanto, que “as adaptações não podem contemplar a retirada de conteúdos relativamente ao currículo comum”. Isto, na medida em que, ao contrário dos alunos com deficiências cognitivas muito graves (que não têm de fazer exames), os alunos com programas educativos individuais têm o mesmo currículo que a generalidade dos estudantes.

No ano passado, as provas a nível de escola foram permitidas apenas – e num regime transitório – aos alunos com necessidades educativas especiais do 9º ano. Em 2013 podem ser autorizadas ”aos alunos cegos, com baixa visão, surdos severos ou profundos, com limitações motoras severas ou com limitações do domínio cognitivo” que frequentam os 4º, 6º e 9º anos.

Com um senão. Segundo o JNE, este será o último ano em que os alunos do 9º podem fazer provas a nível de escola e prosseguir estudos de nível secundário. “A partir do ano lectivo de 2013/2014, os (…) que pretendam frequentar os cursos científicos-humanísticos do ensino secundário têm de realizar, obrigatoriamente, as provas finais do 3.º ciclo a nível nacional”, avisa o MEC.

No secundário também há condições excepcionais e transitórias para os alunos cegos, com baixa visão, surdos severos ou profundos ou com limitações motoras severas que pretendam prosseguir estudos no ensino superior. Em 2013 ainda podem ser autorizados a fazer os exames finais nacionais nas disciplinas que queiram eleger como provas de ingresso para candidatura ao ensino superior e exames a nível de escola nas restantes disciplinas (que seriam sujeitas a exame final nacional). 

O JNE salvaguarda, no entanto, que a partir do ano lectivo 2013/2014, para o 11º ano, e de 2014/2015, para o 12.º ano, os alunos com aquelas condições que queiram ir para o Ensino Superior já terão de realizar os exames finais nacionais correspondentes à avaliação sumativa externa do seu plano de estudos, não sendo considerados, nesse caso, exames a nível de escola.

Fonte: Público

terça-feira, 12 de junho de 2012

Provedor pede condições especiais para disléxicos

O Provedor de Justiça pede condições especiais em todos os exames nacionais do ensino básico para os alunos que sofrem de dislexia.

Alfredo de Sousa enviou, hoje, um ofício à Secretaria de Estado do Ensino Básico e Secundário no sentido de serem tomadas medidas em todos os exames nacionais para os alunos com necessidades educativas especiais. Em causa, estão os j disléxicos, cujas queixas levaram a Provedoria de Justiça a tomar posição.

Hoje, com os exames nacionais à porta, faz nova recomendação no sentido dos responsáveis escolares estarem atentos às necessidades educativas especiais dos examinados. Em primeiro lugar, pede que seja aplicada a Ficha A em todas as provas, escritas ou orais. Trata-se de um instrumento de apoio para a classificação de provas de exame nos casos de dislexia e que permite a não penalização dos erros caraterísticos da doença.

Em "situações extremas de limitações severas de capacidade de leitura" recomenda a apreciação caso a caso e que seja autorizada a aplicação de condição especial de leitura dos enunciados com monitorização.

O provedor de Justiça sublinha que, caso considerem não haver motivo para aceitar o pedido de condições especiais, devem ter em atenção que isso pode "comprometer a transição do aluno, situação possível no 9.º ano de escolaridade". Este reprova se tiver 3 (na escala de 0 a 5) na frequência e 1 no exame.

A divulgação atempada do catálogo das condições especiais de exame para os alunos com dislexia será uma forma de evitar conflitos durante os exames, defende Alfredo de Sousa. E apela a que seja feita a avaliação das necessidades dos alunos tendo em vista os exames no ano letivo anterior, ou seja, no 5.º e 8.º ano.

Fonte: DN

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Associação reclama leitura de exames para disléxicos

A Associação Portuguesa de Dislexia (Dislex) considera que a decisão do Júri Nacional de Exames (JNE) de recusar a leitura do enunciado da prova a alunos disléxicos prejudicará milhares de estudantes. A Dislex fez uma petição onde exige a alteração das orientações. 

Perante o caso de uma aluna disléxica a quem o JNE recusou apoio na realização dos exames de 9.º ano; a Dislex lembra os estudantes do secundário, que estão prestes a realizar exames de acesso ao ensino superior. 

“Apesar de isso não estar legislado, é prática corrente nos exames de 9.º, 11.º e 12.º anos a prova ser lida a um disléxico, precisamente como é lida a alguém que tenha cegado recentemente”, disse ao PÚBLICO Helena Serra, presidente da Dislex, sublinhando que "a mudança vai ter efeitos dramáticos” na vida desses alunos.

Num documento que circula em forma de petição e que foi enviado a várias entidades, entre as quais a Assembleia da República e o Ministério da Educação, a presidente da Dislex considera que a decisão do JNE revela "total alheamento” em relação às características e necessidades” de alunos com dislexia. “O seu principal problema reside precisamente na compreensão da leitura (lentidão, hesitações, alterações, confusão ou não articulação das ideias com desfocagem de respostas); no bloqueio emocional e possível desistência que a pressão da situação lhes causa." argumenta. 

Helena Serra, investigadora, professora e autora de várias obras sobre psicopedagogia especializada, foi precisamente a autora da "Ficha A" – que é validada pelo JNE e procura garantir que os alunos com dislexia não são penalizados por erros ou omissões cometidos na resposta escrita às questões. A investigadora assegura, contudo, que aquele instrumento é “insuficiente” e considera “incompreensível” que seja recusada a leitura da prova a alunos que, “com também essa adequação, revelam os saberes exigidos e, às vezes, uma ainda maior criatividade do que os outros, em geral”.

Outros casos

Segundo a dirigente da Dislex, apesar de o caso da menina do 9.º ano a quem foi recusada a leitura do teste ter sido mais mediatizado, “a preocupação é vivida em milhares de escolas e de famílias”. Para a explicação do problema e da forma como ele é sentido remete para um requerimento apresentado ao JNE por uma professora de uma escola do ensino secundário, que, nota, tem investigação aprofundada “na área da compreensão leitora” dos disléxicos.

No texto em que reitera o pedido de leitura de prova para dois dos seus alunos, um do 11.º, outro do 12.º ano, aquela docente, Maria de Fátima Almeida, admite que “poderá haver alunos disléxicos que, devido a uma intervenção precoce adequada, tenham desenvolvido todas as competências instrumentais necessárias a uma leitura compreensiva”. Sublinha, contudo, que “partir-se do princípio de que todos os alunos disléxicos desenvolveram essas competências e, portanto, compreendem o que lêem, vai contra aquilo que os estudos centrados na compreensão da leitura, nomeadamente de alunos disléxicos, mostram”. 

“Os alunos que frequentam o 3.º ciclo e o ensino secundário, até já poderão efectuar uma leitura aparentemente fluente e com uma velocidade próxima do esperado”, mas “mantêm uma dificuldade particular em descodificar palavras que não encontraram antes, e, em geral, têm dificuldades persistentes com a consciência fonológica, nomeação rápida e tarefas verbais de memória de curto prazo”, refere Maria de Fátima Almeida no documento. Aqueles défices, explica, resultam do facto de “a descodificação ocorrer não por automatização, mas como resultado de esforço”.

Os dois alunos desta docente, em particular, têm beneficiado da leitura dos enunciados ao longo do percurso escolar. Segundo explica na nota enviada ao JNE, com base na legislação que prevê adequações do processo de avaliação de alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente (Decreto-Lei n.º 3/2008). 

Aquela é, contudo, outra questão pouco pacífica, na medida em que, como refere Helena Serra, “a legislação não define que a dislexia é uma capacidade permanente”. “Os dados científicos indicam que sim, que ainda que os problemas sejam atenuados, nunca são completamente resolvidos. Para além disso, têm de ser tido em conta os diferentes graus de gravidade da dislexia”, diz Helena Serra. Realça, a propósito, que “não é por acaso que, ao adequarem as formas de avaliação a cada um dos alunos, os professores, nas escolas, têm entendido que muitos dos que têm dislexia necessitam, entre outros apoios, da leitura orientada”.O JNE tem outra perspectiva, como se percebe da apreciação que faz numa nota enviada à comunicação social, a propósito da queixa da mãe da criança a quem foi negada a leitura do enunciado. Nela escreve, de forma crítica, que “algumas escolas generalizavam certas condições especiais de realização das provas de uma forma pouco criteriosa, em particular a medida ‘leitura de enunciado por um professor’”.

Dizendo basear-se na legislação em vigor, o JNE determina que nas provas nacionais os alunos com dislexia podem usufruir de uma tolerância de 30 minutos, além do tempo fixado para as provas; e ainda que são classificados de forma específica, com base na “Ficha A”. É taxativo na afirmação de que àqueles estudantes, “cujas provas de avaliação externa são já classificadas com o apoio da Ficha A (…), não pode ser autorizada a leitura dos enunciados”.

Aquela ficha contém informação relativa às dificuldades específicas de cada aluno disléxico, podendo ser assinalados, na área da expressão escrita, campos associados ao desenvolvimento linguístico, à ortografia, aos traçados grafomotores e à linguagem quantitativa”. Em todos estes campos, sempre que são assinalados com dificuldades específicas da dislexia de cada aluno, “o professor classificador pode adaptar os critérios de classificação das provas de forma a não penalizar o aluno pelos erros ou omissões cometidos”, aponta o JNE.

Em resposta ao PÚBLICO, o JNE esclarece que "aos alunos disléxicos do ensino secundário não será autorizada a leitura do enunciado das provas de exame, à semelhança do que acontece há vários anos. Em anos transactos existiram autorizações nesse sentido em casos muito pontuais e excepcionais". Assim, o JNE pode autorizar a aplicação da 'Ficha A' e a tolerância de 30 minutos. "Em casos muito particulares o JNE autoriza mais 15-30 minutos", acrescenta.

O PÚBLICO perguntou ainda ao ministério quantos pedidos foram feitos, recusados e autorizados para leitura da prova para alunos disléxicos mas o ministério não respondeu.


Fonte: Público

domingo, 13 de maio de 2012

Negada leitura de enunciado a aluna do 9.º ano com dislexia

Uma aluna com dislexia viu negada pelo Júri Nacional de Exames a possibilidade de realizar as provas finais do 9.º ano em sala separada com leitura de enunciados, uma medida que tem feito parte do seu percurso escolar.

«A Constança fez assim [nestas condições] as provas de aferição do 6.º ano e teve B (Bom) a Língua Portuguesa, o problema é a leitura, precisa que um professor leia os enunciados e ela responde», contou a mãe à agência Lusa, enquanto diligencia junto do Ministério da Educação para resolver o problema da filha de 14 anos, com dislexia profunda.

No processo, a que a Lusa teve acesso, constam recomendações da escola, em Odemira, da terapeuta, e até um despacho favorável da Direção Regional de Educação do Alentejo para que seja atendido o pedido da encarregada de educação, Mafalda Alves.

Para o Júri Nacional de Exames (JNE), os alunos com dislexia só podem usufruir de uma tolerância de 30 minutos na realização das provas e de critérios próprios de correção.

«Um aluno com necessidades educativas especiais de caráter permanente se não dominar as aprendizagens e conhecimentos de Língua Portuguesa (domínio da leitura, do funcionamento da língua e da escrita) e de Matemática, não tem condições de frequentar estudos de nível secundário», escreveu o JNE em resposta à solicitação.

Indignada, a mãe questiona se a escolaridade não é obrigatória: «Isto é inacreditável».

A informação conjunta do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE) e do JNE refere que podem ser abrangidos por provas adaptadas de final de ciclo e exames nacionais alunos cegos, com baixa visão ou limitações motoras severas.

Para a Confederação Nacional das Associações de Pais (CONFAP), não fazem sentido «as considerações» do JNE sobre a capacidade da aluna prosseguir ou não os estudos para o secundário antes de fazer os exames.

«É ridículo todo o conjunto de considerações do JNE e, na minha opinião, até contraria a garantia dada pelo ministro na Assembleia da República de que os alunos com NEE fariam as provas com as adaptações necessárias», disse à Lusa o presidente da CONFAP, Albino Almeida, sugerindo a reapreciação do processo.

Para a Constança o tempo escasseia. As provas do 9.º ano realizam-se no próximo mês. A mãe tem ainda esperança de que a secretária de Estado do Ensino Básico e Secundário, Isabel Leite, avalie os documentos que lhe remeteu.

«Não é só pela minha filha, a Constança tem uma mãe que estuda todos os dias com ela em casa. É uma miúda que sabe e tem superado provas incríveis, mas muitas outras crianças serão confrontadas com estas dificuldades», defendeu.

Mafalda considera injusta a resposta que obteve do JNE e espera que outras crianças possam ser abrangidas pela medida que pede para a filha, mesmo sem serem cegas, surdas ou portadoras de graves deficiências motoras.

A Lusa questionou o Ministério da Educação, que remeteu uma resposta do JNE, em que pode ler-se que aos alunos com dislexia «não pode ser autorizada a leitura dos enunciados».

A Constança é portadora de Défice de Atenção, Motricidade e Perceção (DAMP) e Perturbação Específica do Desenvolvimento da Linguagem (PEDL), que estão na origem da dislexia e da disortografia, segundo o relatório que acompanha o processo.

Porém, é capaz de responder corretamente a questões de interpretação quando lhe são lidas.

O JNE diz ainda que algumas escolas «generalizaram certas condições especiais de realização das provas de uma forma pouco criteriosa, em particular a medida ¿leitura de enunciado por um professor».

Fonte: TVI24

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Dislexia na infância não significa menos inteligência

A dislexia infantil, um défice na consciência dos sons das palavras que atinge muitas crianças em idade escolar e pré-escolar, pode reflectir-se em dificuldades na fala e na leitura mas não é sinónimo de pouca inteligência.

«Essa é uma noção desajustada do problema, pois a criança pode ter um défice na consciência fonológica e a inteligência ser independente disso”, sublinha Ana Serrão Neto, coordenadora da Pediatria do hospital Cuf Descobertas.

Algumas investigações internacionais apontam para uma prevalência entre 5 a 10% das crianças em idade escolar. O insucesso escolar pode ser uma das consequências da dislexia quando não diagnosticada correctamente, mas o mesmo não significa que a criança tenha dificuldades cognitivas, ou seja, que seja menos inteligente do que as demais.

Para evitar a progressão da dislexia infantil, pais e educadores devem estar atentos para que o défice na leitura e compreensão de sons não se estenda durante muito tempo, prejudicando a aquisição de conhecimentos.

Entre os vários sinais de alarme que podem sugerir o diagnóstico precoce da dislexia encontram-se a reduzida ou inexistente linguagem até aos dois anos, linguagem infantil durante muito tempo, dificuldade de memorização de algumas palavras básicas e o recurso a frases curtas com omissões ou alterações de determinadas palavras.

A principal causa de desenvolvimento da dislexia é a hereditariedade, podendo atingir entre 40 a 50 por cento das crianças cujo pai ou mãe sofram do mesmo problema. As probabilidades apontam para uma maior incidência nas crianças do género masculino do que do género feminino.

Fonte: Sol

sábado, 14 de janeiro de 2012

Pessoas disléxicas não só leem, mas percebem os sons de maneira diferente

Pessoas com dislexia às vezes veem as palavras e letras embaralhadas, o que torna a leitura uma tarefa difícil. Agora, um novo estudo mostra que a dislexia não é apenas uma “perturbação visual”. Também parece ser um problema da forma como o cérebro interpreta os sons, especialmente o discurso.



Pesquisadores franceses mapearam a atividade cerebral de 23 pessoas com dislexia e 21 pessoas sem o transtorno, conforme elas ouviam um ruído branco.

A fim de compreender as informações na fala, o cérebro precisa ser capaz de sincronizar com a mesma frequência dos sons que ouve. A sincronização das ondas cerebrais com os sons é chamada de arrastamento.

Quando o cérebro está devidamente sincronizado com um som, ele pode corretamente separar e interpretar o sinal, quase como se quebrasse um código.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas sem dislexia não tinham problemas em ajustar seus cérebros para as mesmas frequências que ouviram no ruído branco.
Pessoas com dislexia, por outro lado, não conseguiam fazer o mesmo. Seus cérebros tinham problemas de sincronização com sons na faixa de cerca de 30 hertz, uma frequência que é importante para a compreensão e decodificação da fala.

O cérebro disléxico também parece ser hipersensível a sons de alta frequência. Este processamento de som interrompido pode ajudar a explicar por que as pessoas com dislexia têm dificuldade em lembrar e processar palavras e discursos.

“Isso sugere que um problema no córtex auditivo, no lado esquerdo do cérebro, é o que torna difícil para os disléxicos perceberem a fala”, diz o cientistas Ken Pugh. “Isso, por sua vez, pode dificultar a construção de uma compreensão dos sons da fala, necessária para aprender a ler”, explica.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Combater a dislexia: nova esperança

Um tipógrafo holandês concebeu um novo tipo de letra, especialmente desenhado para minimizar os erros cognitivos causados pela dislexia.
A dislexia é responsável por gerar dificuldades na leitura e na escrita, afetando a aprendizagem de milhares de crianças. Calcula-se que a dislexia – cujos sintomas passam por confundir algumas letras, por exemplo, ou dificuldades de associar os sons às letras – afete até 10% da população mundial, manifestando-se de várias maneiras.
A falta de informação dificulta muitas vezes o apoio aos que sofrem de dislexia, que, normalmente, superam as dificuldades apenas através do próprio esforço. Christian Boer, tipógrafo e disléxico holandês, lembrou-se, no entanto, de estudar e criar um novo tipo de letra que poderá representar uma grande ajuda para os disléxicos.
A nova tipografia, chamada Dyslexie, de acordo com um estudo independente da Universidade de Twente, na Holanda, parece ser bastante funcional. Em 2009, 21 alunos com dislexia testaram a Dyslexie e o resultado foi positivo – quando liam textos escritos com a nova tipografia, cometiam menos erros.
“Posso dizer que trabalhei na vírgula durante quatro horas e na letra ‘a’ durante mais de 12 horas”, declarou Boer à revista Fast Company, ilustrando o trabalho que lhe deram as alterações que fez em cada letra do alfabeto e pontuações.
O tipógrafo holandês teve a ideia em 2008, quando começou a otimizar um tipo de letra ao seu próprio olho. Pouco tempo depois, contratou oito pessoas com dislexia para o ajudarem no desenho da tipografia. Uma das características principais do alfabeto Dyslexie é o “peso” das letras, cuja parte inferior foi reforçada para sobressaírem no papel e facilitarem a leitura.

Fonte: Departamento de Educação Especial -Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano-Santarém

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Como conhecer o cérebro dos disléxicos...


Os disléxicos são pessoas normais que, surpreendentemente, no período escolar, apresentam dificuldades de leitura e, em geral, problemas, também, com a ortografia e a organização da escrita. Como ajudar pais, especialmente mães, de disléxicos? O presente artigo mostra como os pais, docentes e psicopedagogos, conhecendo o cérebro dos disléxicos, poderão ajudá-los a ler e compreender o texto lido.

A leitura, como sabemos, seja para disléxicos ou não, é uma habilidade complexa. Não nascemos leitores ou escritores. O módulo fonológico é o único, no genoma humano, que não se desenvolve por instinto. Realmente, precisamos aprender a ler, escrever e a grafar corretamente as palavras, mesmo porque as três habilidades linguísticas são cultural e historicamente construídas pelo Homo sapiens

A leitura só deixa de ser complexa quando a automatizamos. Como somos diferentes, temos maneiras diferentes de reconhecer as palavras escritas e, assim, temos diferenças fundamentais no processo de aquisição de leitura durante a alfabetização. Esse automatismo leitor exige domínios na fonologia da língua materna, especialmente a consciência fonológica, isto é, a consciência de que o acesso ao léxico (palavra ou leitura) exige conhecimentos formais, sistemáticos, escolares, gramaticais e metalinguísticos do princípio alfabético do nosso sistema de escrita, que se caracteriza pela correspondência entre letras e fonemas (vogais, semivogais e consoantes). A experiência de uma alfabetização exitosa é importante para nossa educação leitora no mundo povoado de letras, literatura, poesia, imagens, ícones, símbolos, metáforas e diversidade de media e textos.

A compreensão do valor da leitura em nossas vidas, especialmente na sociedade do conhecimento, é base para desmistificarmos o conceito inquietante da dislexia e do cérebro dos disléxicos. A dislexia não é doença, mas compromete o acesso ao mundo da leitura. A dislexia parece bloquear o acesso de crianças especiais à sociedade letrada. Deixa-as, então, lentas, dispersas, agressivas e em atraso escolar. Os docentes, pais e psicopedagogos que lidam com disléxicos devem por isso seguir alguns princípios ou passos para atuação eficiente com aqueles que apresentam dificuldades cognitivas na área de leitura, escrita e ortografia. Vamos descrever cada um deles a seguir.

Princípios de atuação
O primeiro princípio ou passo é o de se começar pela descrição e explicação da dislexia. Uma criança com deficiência mental, por exemplo, não pode ser apontada como disléxica, porque a etiologia de sua dificuldade é orgânica, portanto, de natureza clínica e não exclusivamente cognitiva ou escolar. Claro, é verdade que um adulto, depois de um acidente vascular cerebral, poderá vir apresentar dislexia. Nesse caso, trata-se, realmente, de uma dislexia adquirida, de natureza neurolinguística e que só com o apoio médico é que podemos intervir, de forma pluridisciplinar e, adequadamente, nesses casos. 

Assim, tanto para a dislexia desenvolvimental (também chamada verdadeira porque uma criança já pode herdar tal dificuldade dos pais) como para a dislexia adquirida (surge após um AVC ou traumatismo), importante é salientar que os docentes, pais e psicopedagogos, especialmente estes últimos, conheçam melhor os fundamentos psicolinguísticos da linguagem escrita, compreendendo, assim, o processo aquisição da habilidade leitora e os processos psicológicos envolvidos na habilidade. Realmente, sem o conhecimento da arquitetura funcional, do que ocorre com o cérebro dos disléxicos, durante o processamento leitor, toda a intervenção corre o risco de ser inócua ou contraproducente.

Os processos leitores que ocorrem nos cérebros dos leitores, proficientes ou disléxicos, podem ser descritos através de quatro módulos cognitivos da leitura: (1) módulo percetivo, como o nome sugere, refere-se à perceção, especialmente a visual, importante fator de dificuldade leitora; (2) módulo léxico, nesse caso, refere-se, por exemplo, ao traçado das letras e à memorização dos demais grafemas da língua (por exemplo, os sinais diacríticos como til, hífen, etc.); (3) módulo sintático, este, tem a ver com a organização da estruturação da frase, a criança apresenta dificuldade de compreender como as palavras se relacionam na estrutura das frases; (4) módulo semântico, este, diz respeito, pois, ao significado que traz as palavras nos seus morfemas (prefixos, sufixos, etc.).

Não é uma tarefa fácil conhecer o cérebro dos disléxicos. Por isso, um segundo passo é o aprofundamento dos fundamentos psicolinguísticos da lectoescrita. A abordagem psicolinguística (associando a estrutura linguística dos textos aos estados mentais do disléxico) é um caminho precioso para o entendimento da dislexia, uma vez que apresenta as conexões existentes entre questões pertinentes ao conhecimento e uso de uma língua, tais como a do processo de aquisição de linguagem e a do processamento linguístico, e os processos psicológicos que se supõe estarem com elas relacionados. Aqui, particularmente, é bom salientar que as dificuldades lectoescritoras são específicas e bastante individualizadas, isto é, os disléxicos são incomuns, diferentes, atípicos e individualizados em relação aos demais colegas de sala de aula bem como aos sintomas manifestados durante a aquisição, desenvolvimento e processamento da linguagem escrita. 

Nessas alturas, todos os que atuam com os especiais devem pensar o que pode estar ocorrendo com os disléxicos em sala de aula. Os métodos de alfabetização em leitura levam em conta as diferenças individuais? Os métodos pedagógicos, com raras exceções, propõem-se a ser eficientes em salas de crianças ditas normais, mas tornam-se ineficientes em crianças especiais. Por isso, cabe aos docentes, em particular, e aos pais, por imperativo de acompanhamento de seus filhos, entender melhor sobre os métodos de estudos adotados nas instituições de ensino. Os métodos de alfabetização em leitura são determinantes para uma ação eficaz ou ineficaz no atendimento educacional especial dos disléxicos, disgráficos e disortográficos. A dislexia é uma dificuldade específica de leitura e, como tal, nada mais criterioso e necessário do que o entendimento claro do processo da leitura ou do entendimento da leitura em processo. 

Não menos importante que o entendimento dos métodos de leitura, adotados nas escolas, devem ser objeto de preocupação dos educadores, pais e psicopedagogos as questões conceituais, procedimentais e atitudinais sobre a dislexia, disgrafia e disortografia. O que pensam as escolas sobre as crianças disléxicas? O que sabem seus professores e gestores educacionais sobre dislexia? Mais do que simples rótulos das dificuldades de aprendizagem da linguagem escrita, a dislexia é uma síndrome ou dificuldade revestida de conceitos linguísticos, psicolinguísticos, psicológicos, neurológicos e neurolinguísticos fundamentais para os que vão atuar com crianças com necessidades educacionais especiais. Reforça-se, ainda, essa necessidade de compreender, realmente, o aspeto pluridisciplinar da dislexia, posto que muitas vezes é imperiosa a interlocução com outros profissionais que cuidam das crianças, como neuropediatras, pediatras, psicólogos escolares e os próprios pais das crianças. 

Na maioria dos casos de dislexia, disgrafia e disortografia, a abordagem mais eficaz no atendimento aos educandos é a psicopedagógica (ou psicolinguística, para os linguistas clínicos) em que o profissional que irá lidar com as dificuldades das crianças aplicará à sua prática educacional aportes teórico-práticos da psicopedagogia clínica ou institucional aliados à pedagogia e à psicologia cognitiva e à psicologia da educação. São os psicolinguistas que se voltam para a explicação da dislexia e suas dificuldades correlatas (disgrafia, dislexias). Hipóteses como défices de memória e do princípio alfabético (fonológico) são apontadas, pelos psicolinguistas, como as principais causas da dislexia.

O terceiro passo para os que querem entender mais sobre dislexia é dar especial atenção à avaliação das dificuldades lectoescritoras. A avaliação deve ser trabalhada como ato ou processo de coleta de dados a fim de se melhor entender os pontos fortes e fracos do aprendizado da leitura, escrita e ortografia dos disléxicos, disgráficos e disortográficos. Enfim, a atenção dos psicopedagogos deve dirigir-se para a avaliação das dificuldades em aquisição da linguagem escrita. Nesse sentido, um caminho seguro para a avaliação da dislexia, disgrafia e disortografia é pela via do reconhecimento da palavra. O reconhecimento da palavra começa pela identificação visual da palavra escrita. Depois do reconhecimento da palavra escrita, deve ser feita avaliação da compreensão leitora, especialmente no tocante à inferência textual, de modo que levando a efeito tais procedimentos, ficarão mais explícitas as duas etapas fundamentais da leitura e de suas dificuldades: descodificação e compreensão leitoras.

O quarto e último passo para o desenvolvimento de estratégias de intervenção nos educandos com necessidades educacionais especiais em leitura, disgrafia e disortografia é o de observar qual dos módulos (percetivo, léxico, etc.) está apresentando défice no processamento da informação durante a leitura. Portanto, é entendermos como o cérebro dos disléxicos funciona durante o ato de leitura. Neste quarto passo, é imprescindível um recorte das dificuldades leitoras. A dislexia não é uma dificuldade generalizada de leitura, ou seja, não envolve todos os módulos do processo de leitura. 

Descoberto o módulo que traz carência leitora, através de testes simples como ditado de palavras familiares e não familiares, leitura em voz alta, questões sobre compreensão literal ou inferência textual, será mais fácil para os psicopedagogos, por exemplo, atuar para compensar ou sanar, definitivamente, as dificuldades leitoras que envolvem, por exemplo, aspetos fonológicos da descodificação leitora e da codificação da escrita: o princípio alfabético da língua materna, isto é, a correspondência letra-fonema ou a correspondência fonema-letra. 

Se o que está afetado se refere ao campo da compreensão, os psicopedagogos poderão propor atividades com conhecimentos prévios para explorar a memória de longo prazo dos disléxicos que se baseia no conhecimento da língua, do assunto e do mundo (cosmovisão). Quando estamos diante de crianças disléxicas com dificuldades relacionadas com a compreensão estamos, decerto, diante de casos de leitores com hiperlexia, parafasia, paralexia ou, se estão, também, sobrepostas dificuldades em escrita, ao certo, estaremos diante de escritores também com hiperlexia, parafasia, paragrafia - termos clínicos que, uma vez explicados, iluminarão os psicopedagogos que atuam com disléxicos e disgráficos. A paralexia é dificuldade de leitura provocada pela troca de sílabas ou palavras que passam a formar combinações sem sentido. A parafasia é distúrbio da linguagem que se caracteriza pela substituição de certas palavras por outras ou por vocábulos inexistentes na língua. A ciência e a terminologia, realmente, apontam mais claramente as raízes dos problemas ou dificuldades na leitura, escrita e ortografia.

Texto de
Vicente Martins
Fonte: Educare

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Dislexia

A Dislexia representa actualmente um grave problema escolar para o qual devemos, enquanto intervenientes do processo educativo, estar mais atentos e consciencializados para que, desta forma, possamos proporcionar aos nossos alunos experiências de aprendizagem adequadas a esta realidade e às necessidades específicas de cada discente, pois segundo Hennigh (2003) “O professor como orientador procura criar uma sala de aula que funcione como uma equipa, sendo cada um dos seus membros necessário e importante. Uma sala em que a comunidade é mais forte do que o indivíduo isolado, sendo este, no entanto, único e especial.”

Sinais de Alerta

Se considerarmos a Dislexia como uma perturbação específica da leitura, é pouco provável que a criança disléxica ao entrar para a escola já se faça acompanhar de um diagnóstico, uma vez que, normalmente, é só no primeiro ano de escolaridade que a criança aprende a ler. Para além disso, a sua detecção é extremamente complexa pois há inúmeros factores a ter em consideração para assegurar rigor e precisão no diagnóstico desta problemática.
No entanto, existem determinadas observações passíveis de serem realizadas antes da criança ingressar na escola. Muitas vezes, os pais têm a percepção de que a criança apresenta dificuldades, antes de estas serem perceptíveis por outros. Cronin (1994, in Hennigh, 2003) assegura existirem aspectos que precocemente podem revelar a existência de algum problema. Segundo o mesmo, existem áreas de observação essenciais para os pais tais como: a capacidade e a coordenação motora; a noção de espaço; a memorização de sequências; a linguagem; a maturidade social; e o comportamento. Visto isto, aconselha a que os pais elaborem anotações quando observam a criança, podendo recorrer a uma grelha de registos, designada por este autor de “Ficha de Observação Parental”. Para Corin (1994, in Hennigh, 2003) “Se os pais estiverem sensíveis para esta realidade e tiverem consciência dos padrões de comportamento e de crescimento do seu filho, então poderão ser realizadas observações, de forma a decidir se devem ser tomadas outras medidas”.
De acordo com Shaywitz (2006) existem alguns sintomas que caracterizam a criança disléxica e que poderão ajudar a detectar o problema numa fase pré-escolar. Os sintomas são: atraso na fala, problemas de aprendizagem de rimas comuns, palavras mal pronunciadas (persistência da chamada linguagem de bebé) e dificuldade em aprender e lembrar o nome das letras (até as do seu próprio nome). É benéfico que, quer os pais quer os educadores estejam atentos e observem se estes sintomas se verificam e persistem com frequência na criança para que se possa detectar, cada vez mais precocemente, a Dislexia e se possa actuar de forma eficaz.
No entanto, na maioria dos casos, aquando da entrada para a escola, é o professor o primeiro a detectar no aluno problemas ao nível da leitura e a encaminhar todo o processo, para que o aluno portador desta necessidade educativa especial possa ser alvo de uma análise por parte de órgãos especializados nesta área. De acordo com Hennigh (2003), “É importante compreender que o professor não diagnostica dislexia … dificuldades de aprendizagem devem ser diagnosticadas por especialistas.”. Nós também concordamos com esta afirmação, pois embora o professor possa ser uma pessoa bem formada e informada nesta área, compete a técnicos especializados o despiste e a elaboração do diagnóstico.
Contudo, devido aos problemas cognitivos que se encontram na base da Dislexia, são inúmeras e diversificadas as suas manifestações e características, sendo que nem todos os indivíduos apresentam as mesmas. Por outro lado, sendo um problema relativo à aprendizagem da leitura e da escrita, as próprias características vão sofrendo modificações com o aumento das exigências escolares.
Condemarin e Blomquist (1989) apontam algumas características das crianças disléxicas em idade escolar, que poderão ajudar o professor na detecção de um caso de Dislexia. Segundo estes autores, um aluno disléxico revelará algumas ou várias das seguintes dificuldades: confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças subtis de grafia (a-o; c-o; m-n; v-u…); confusão entre letras, sílabas ou palavras de grafia similar, mas com diferente orientação espacial (b-d; p-q; b-p…); confusão entre letras que possuem um ponto de articulação comum e sons acusticamente próximos (d-t; c-g; v-f); inversão total ou parcial de sílabas ou palavras (me-em; sol-los; pal-pla…); substituição de palavras por outras de estrutura mais ou menos similar (soltou-salvou; casa-casaco…); contaminações de sons, adições ou omissões de sons, sílabas ou palavras (fama-famoso); repetições de sílabas, palavras ou frases; trocar com frequência as linhas quando está a ler; excessivas fixações do olho na linha; soletração defeituosa; problemas de compreensão; leitura e escrita em espelho; e, ilegibilidade.
A par disto, Torres e Fernández (2001) apresentam ainda características comportamentais reveladoras da Dislexia, sendo elas a ansiedade, a insegurança, ou contrariamente a vaidade excessiva como “camuflagem” da existência de um problema, défice de atenção, fadiga, falta de motivação e de interesse pelas actividades escolares.
Vários autores [Shaywitz, 2006; Hennigh, 2003; e Condemarin e Blomquist, 1989] defendem que os professores precisam de ser observadores atentos e devem possuir conhecimento acerca da forma como os seus alunos lêem. Caso algum aluno apresente padrões de leitura que apontem para uma possível Dislexia, o professor deverá então aplicar ao aluno testes informais de leitura de forma a comprovar, ou não, as suas suspeita.

Esta informação foi retirada de um site que surgiu da dinâmica pedagógica implementada na disciplina de Planificação e Desenvolvimento Curricular da Pós Graduação/especialização em Educação Especial (Domínios Cognitivo e Motor) promovida pelo INUAF - Instituto Superior D. Afonso III sob a responsabilidade da Prof Sofia Malheiro da Silva.