segunda-feira, 31 de outubro de 2011

PCP condena eliminação de subsídio de professores do educação especial proposta no OE

O PCP condenou nesta quinta-feira a eliminação de um subsídio aos professores de educação especial que têm de deslocar-se entre várias escolas do mesmo agrupamento e a casa de alunos, uma medida incluída numa norma revogatória do Orçamento.
“Estamos a falar de professores especializados em educação especial, que acompanham crianças em casa, que se deslocam a casa das crianças, que prestam auxilio à família quer na escola quer fora da escola e que têm um subsídio, uma gratificação mensal, de 106 euros”, afirmou o deputado comunista Miguel Tiago.
Os comunistas vão pedir a eliminação dessa norma revogatória em sede de discussão do Orçamento do Estado, considerando que ilustra a “insensibilidade e crueldade” do documento.
“São pessoas que não recebem ao quilómetro que fazem, que se deslocam, muitas vezes, mais de 30 quilómetros entre a escola e as outras escolas do agrupamento que também têm que acompanhar e que ficarão sem esta gratificação”, sustentou, explicando que estes docentes têm necessariamente que deslocar-se entre escolas porque trabalham para todo o agrupamento.
Para o PCP, este é “um elemento que demonstra bem que o Governo, na área da Educação, não só tem o objectivo do desmantelamento completo do serviço público como inclusivamente o faz sem qualquer tipo de pudor social”.
Miguel Tiago considerou que não está a ser prestado “respeito pelo trabalho” dos docentes, nem pelos alunos, “crianças com necessidades educativas especiais e, neste caso particular, crianças com deficiência profunda”.



Comentário do Incluso:

"A publicação desta notícia não tem qualquer conotação política. Apenas é divulgada porque está relacionada com os professores de educação especial. Comparativamente ao texto original, tive a ousadia de substituir o termo "ensino especial" por "educação especial".
Quanto ao seu teor, e pensando nos motivos que supostamente levaram à criação do subsídio, no contexto atual, talvez seja um pouco descabido. No entanto, a ser anulado, deveria ser dada a possibilidade de os colegas que se deslocam, no mesmo dia, para várias escolas distanciadas serem compensados.
Esta possibilidade já existe, na medida em que um docente não pode ter mais do que uma residência laboral (entende-se "local de trabalho") no mesmo dia. Em situação de ter de se deslocar para dois ou mais locais de trabalho, no mesmo dia, e as distâncias forem superiores a 7 km, deve preencher o boletim itinerário e ser ressarcido pelos gastos."


O meu Comentário:

Concordo plenamente com o comentário do Incluso, porém acrescento ainda que este subsídio é relevante, digo muito bem pago, quando se tratam de professores que trabalham por exemplo em Unidades Multidificiência ou de Autistas, uma vez que, é um trabalho que implica um desgaste físico e emocional enorme. Sei que a maioria das pessoas poderão ler este comentário e discordar comigo mas falo por experiência própria e só quem está por perto ou vive estas situações é que poderá dar valor.


terça-feira, 25 de outubro de 2011

"Ser diferente, crescer autónomo" - APATRIS-21

Segue informação relativa a um encontro a realizar pela APATRIS-21.


A APATRIS 21 - Associação de Portadores de Trissomia 21 do Algarve - Instituição Particular de Solidariedade Social com fins de saúde, vem por este meio convidar Vossa Excelência a estar presente no 4º Encontro "Ser diferente, crescer autónomo" que irá decorrer no dia 5 de Novembro, pelas 9h00, na Junta de Freguesia de São Brás de Alportel.

Este encontro irá contar com Testemunhos de Pais, Fórum de Associações de Pais e Workshops. 


Os testemunhos de pais irão contar com uma conferência ministrada pela Drª. Leonor Borges, mãe de um jovem portador de Trissomia 21, sob a temática "O papel da família na Trissomia 21 –o contributo de uma mãe"

Os workshops irão realizar-se no período da tarde e contarão com os seguintes temas:


Workshop 1: Défice Cognitivo: Estimular a Autonomia na Transição para a Idade Adulta/ Sandra Pinho (Cadin)


Workshop 2: Projecto Oficinas de Pais/Bolsas de Pais (Uma nova atitude dos pais e a sua relação com os profissionais no processo de inclusão social dos filhos) / Luísa Beltrão (Presidente Pais-em-Rede) e Mª João Santos (Coordenadora do projecto Oficinas) 


Workshop 3: Reabilitação Cognitiva na Trissomia 21/ Dr.ª Laura Nunes e Dr.ª Ana Margarida Graça (APATRIS 21)


Inscrições:
Cheque (à ordem da APATRIS 21, a enviar para R. Actor Nascimento Fernandes, n.º 1, 1.º - 8000 - 201 Faro)
- Transferência bancária (NIB APATRIS 21 - 003502050000939333023)
- Numerário

Contamos com a vossa presença!Inscrevam-se! 


Agradecíamos a divulgação deste evento junto do vosso corpo docente, discente, funcionários e pais.


Com os melhores cumprimentos,

APATRIS 21

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Estratégia Europeia para a Deficiência 2010-2020

Estratégia Europeia para a Deficiência 2010-2020:

Compromisso renovado a favor de uma Europa sem barreiras

Na sua reunião plenária de 21 de Setembro de 2011, que decorreu em Bruxelas, o Comité Económico e Social Europeu, consultado pela Comissão Europeia, emitiu um parecer sobre a Estratégia Europeia para a Deficiência 2010-2020.
"O principal objectivo da presente estratégia é capacitar as pessoas com deficiência para que possam usufruir de todos os seus direitos e beneficiar plenamente da sua participação na sociedade e na economia europeias, designadamente através do mercado único. Para concretizar este objectivo e garantir uma aplicação efectiva da Convenção da ONU em toda a UE é necessário agir com coerência. A estratégia identifica acções a nível da UE para complementar as medidas nacionais e determina os mecanismos8 essenciais à aplicação da Convenção da ONU na UE, designadamente nas instituições europeias. Identifica ainda os
apoios necessários em matéria de financiamento, investigação, sensibilização, estatísticas e recolha de dados.
A estratégia coloca a tónica na eliminação das barreiras que se colocam às pessoas com deficiência. A Comissão identificou oito grandes áreas de acção: acessibilidade, participação, igualdade, emprego, educação e formação, protecção social, saúde e acção externa. Para cada área são identificadas acções prioritárias e destacado o objectivo global da UE. Estas áreas foram seleccionadas em função do interesse que podem representar face aos grandes objectivos da estratégia e da Convenção da ONU, aos documentos políticos das instituições da UE e do Conselho da Europa neste domínio, aos resultados do Plano de Acção da UE a favor das Pessoas com Deficiência 2003-2010 e às consultas dos Estados-Membros,"


In INReabilitação

A Síndrome de Asperger

É essencial compreender a natureza das limitações e os pontos fortes dos jovens/crianças com Síndroma de Asperger para lhes proporcionar uma educação eficaz.

O nome provém do médico Vienense Hans Asperger (1906-1980). Foi descrita pela 1ª vez em 1944. Após observar/contactar os seus pacientes,a maioria jovens com dificuldades de interacção social, estudou doentes com défice de competências sociais e comunicativas. Os seus estudos tiveram maior destaque a partir de 1980.
É uma síndrome algo complexa uma vez que varia de sujeito para sujeito. Embora tenham traços gerais comuns, cada um tem características individuais que se revelam de diferentes maneiras. Não há uma cura, mas com treino apropriado podem ser desenvolvidas Determinadas competências que lhes dêem mais autonomia. Os joves/crianças com esta Síndrome têm inteligência média e acima da média.

Caracteriza-se por limitações subtis em 3 áreas de desenvolvimento:
1. Interacção social
2. Comunicação em contextos social
3. Imaginação social

Pensa-se não haver uma causa única para as perturbações do espectro do autismo. Acredita-se que resulte de um conjunto de factores – genéticos, factores que envolvem lesão cerebral (sendo as áreas afectadas as responsáveis pelo desenvolvimento da comunicação), como infecções durante a gravidez, alterações no trabalho de parto, entre outros.Verifica-se maior incidência nos individuos do sexo masculino.
O diagnóstico pode ser realizado pela observação do comportamento e por avaliação psicológica (questionário/ checklist) e comportamental.Pode e deve envolver profissionais de várias áreas.

Características
· Falta de vontade de interagir com os pares, tendência ao isolamento;
· Tensão e agitação ao lidar com terceiros;
· Dificuldade em prever e entender o comportamento dos outros (dificuldade em interpretar a comunicação não verbal- expressões, gestos, …) ou em compreender e exprimir emoções, o que dificulta as interacções/relações sociais;
· Dificuldade em antecipar e adivinhar o que os outros possam pensar ou os seus propósitos;
· Dificuldade em explicar o próprio comportamento e emoções;
· Dificuldade em interagir e reagir ao nível de interesse do interlocutor, ao que diz, repercutindo-se em dificuldades em manter uma conversa;
· Voz sem expressão;
· Falta de partilha de atenção;
· Boa habilidade verbal, linguagem peculiar;
· Interesses especiais e obssessivos que os outros consideram estranhos;
· Actividades repetitivas;
· Resistência à mudança e insistência em rotinas;
· Boa capacidade de memorização;
· Concentram-se mais em determinados detalhes;
· Utilização indevida do contacto ocular;
· Fraca coordenação motora;
· Dificuldade em estabelecer associações e na organização pessoal e dos materiais;
· Dificuldade em planear tarefas, começá-las e terminá-las;

O que fazer / Estratégias
- Criar um ambiente favorável à comunicação
- Ambiente previsível
- Desenvolver a capacidade de iniciar, manter e terminar uma conversa
- Desenvolver determinadas competências socais, comunicativas (ser mais competente na forma como comunica) e de linguagem (uso em contexto social- pragmática e semântica)
- Regular o comportamento (penalizar comportamentos desadequados)
- Ensino explícito
- Intermediar situações de cooperação com o grupo como forma de aumentar a sua aceitação e promover a interacção (trabalhos de grupo, jogos, …)
- Incentivar o envolvimento com os pares – desenvolver comunicação
- Sensibilizar os pares. É essencial que os outros compreendam as dificuldades colocadas pelos Jovens/crianças com esta síndrome e os motivos do seu comportamento.
- Ser objectivo na orientação do trabalho
- Recurso a estímulos visuais – esquemas, listas, figuras
- Usar os interesses para ampliar o reportório e envolvimentos com os conteúdos estudados
- Organização e aplicação da informação
- Explicar o que dele se espera
- Desenvolver a compreensão
- Simplificar as tarefas/actividades dividindo em vários passos
- Dar reforço positivo e valorização das tarefas realizadas de forma a fomentar a auto-estima e a auto-confiança
- Solicitar com mais frequência
- Controlo dos trabalhos de casa
- Introduzir alterações de forma gradual
- Promover a autonomia.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Conferência - "Perturbações do Desenvolvimento e Autismo - Metodologias e Terapias" - Portimão

Segue informação relativa a uma conferência realizada pela APPDA- Algarve. No ano passado estive presente e valeu a pena.

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Exmos. Senhores,

A APPDA-Algarve tem o prazer de apresentar uma conferência dirigida a todos os profissionais que trabalham com crianças com Perturbações de Desenvolvimento e do Espectro do Autismo, familiares destas e todos os apaixonados pelo tema.
A Conferência intitulada "Perturbações do Desenvolvimento e Autismo - Metodologias e Terapias", será realizada no dia 5 de Novembro no Auditório do Museu de Portimão, em Portimão.
As inscrições são limitadas ao número de lugares do auditório, podendo ser realizadas pessoalmente na sede da associação, através de e-mail (info@appda-algarve.pt), fax ou telefone 282 431 476 / 964 662 596.
Junto em anexo, encontrará mais informações.
Atentamente,
Pl'a Direcção


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APPDA-Algarve
Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo - Algarve
Rua Bento Jesus Caraça, n.º8 R/C Esq.
8500-570 Portimão
Telf: 282 431 476
info@appda-algarve.pt
www.appda-algarve.pt

sábado, 1 de outubro de 2011

Ministro simplifica lei de instalação de rampas para pessoas com deficiência

O ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, anunciou, esta terça-feira, alterações na lei para pôr fim à necessidade de aprovação por dois terços dos condóminos para a instalação de rampas de acesso ou plataformas elevatórias nos edifícios.

"Hoje uma pessoa com deficiência ou alguém que tenha dificuldade de locomoção, para instalar uma rampa de acesso ou plataforma elevatória, essencial para entrar ou sair de casa, precisa de dois terços da aprovação no seu condomínio, o que muitas vezes barra na incompreensão", disse o ministro, na cerimónia de inauguração de um lar residencial para deficientes, na Moita.

Pedro Mota Soares disse que as alterações vão ser efectuadas em breve e que vai dispensar esta necessidade.

"Vamos conseguir garantir que esta maioria possa ser dispensada e que as pessoas a possam colocar, a expensas próprias ou usado ajudas públicas para o efeito. Muitas vezes, porque não conseguem esta maioria, são obrigadas a mudar de casa. O que queremos fazer é que as pessoas não sejam expulsas das suas casas", salientou.

O ministro defendeu que esta medida é rápida e tem um impacto "muito grande" na vida das pessoas.

"Queremos chegar mesmo a garantir que seja um direito das pessoas, que não seja oponível a outros. Desde que se cumpram todas as regras de segurança, queremos que seja garantido o direito de mobilidade", concluiu.

Fonte: JN