quinta-feira, 30 de junho de 2011

II Seminário Ibérico - Percursos em Educação Especial

Dando continuidade às iniciativas de anos anteriores, o Agrupamento de Escolas de Maximinos e a Escola Secundária Carlos Amarante, escolas de referência para alunos cegos e com baixa visão do distrito de Braga, vão realizar nos dias 8 e 9 de Julho de 2011 o II Seminário Ibérico - Percursos em Educação Especial.
Com este evento pretendemos criar um espaço de partilha e de reflexão aberto a toda a comunidade, contribuir para a construção de práticas educativas que respeitem a diversidade e promover a colaboração entre todos aqueles que a seu cargo têm esta responsabilidade.

Programa: descarregue aqui
Inscrição no Seminário: faça a sua inscrição aqui
Caso não consiga aceder à inscrição, obtenha o acrobate reader aqui

A Formação associada ao II Seminário Ibérico tem o seguinte calendário:

Dia 6 de Julho: das 14:30h às 17: 30h (3 horas)
Dia 8 e 9 de Julho: II Seminário Ibérico (9 horas)
Dia 11 de Julho: das 9:30h às 12:30h (3 horas)


Nota: a turma será constituída por 30 formandos e será dada prioridade aos docentes do AE Maximinos.

A inscrição na Formação deverá ser efectuada aqui

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Para reflectir...

O espelho reflete certo; não erra porque não pensa. 
Pensar é essencialmente errar.
Errar é essencialmente estar cego e surdo.

Alberto Caeiro (1/10/1917) 


Ao visitar o blog Diferentes somos todos nós, que visito regularmente, reflecti e achei que deveria partilhar!

Balanços e compromissos... Pró-inclusão...

Encontrei este texto publicado num blog que sigo atentamente e achei que devia também partilhar.

"Começo por uma história que presenciei há 3 dias. Uma aluna de Mestrado em Educação Especial estava à espera que a prova de discussão da sua dissertação começasse. Eu, que era para o efeito presidente do júri da prova, cheguei um pouco mais cedo e encontrei-a sentada a enrolar papéis de seda amarelos. Espera-se que um candidato – por norma nervoso – ocupe o seu tempo de várias maneiras mas aquela intrigou-me… Perguntei “Esse trabalho manual é para reduzir o stress?”. “Não – respondeu a candidata – estou a enrolar as rifas para o encontro de angariação de fundos para a unidade de multideficiência do meu agrupamento”.E logo esta história me lembrou os diferentes mundos em que se move o professor de Educação Especial: o mundo da militância, da “missão”, o mundo da profissão tal como é definida, o mundo académico, o mundo das famílias, etc. Navegar em todos estes mundos com regras e éticas distintas, é, sem dúvida, necessário ainda que não necessariamente útil. Passo a explicar: são tarefas que é preciso fazer e que se o professor de Educação Especial não fizer ninguém vai fazer apesar de serem essenciais. Mas é verdade também que quando se faz um coisa não se pode fazer outra e, se é verdade que é pedido muito voluntarismo e trabalho “extra-curricular” ao professor, pode-se perguntar “O que é que ele, por fazer estas tarefas, deixa de fazer?” Estamos a chegar ao fim de um ano lectivo e ao princípio de outro. Tempo de balanços e de compromissos. Começamos a ouvir “para o ano eu vou…”, “para o ano eu não vou…” Um novo ano é sempre uma oportunidade de nos aproximarmos do que gostaríamos de fazer e de ser como profissionais. Gostaria em nome da Direcção da Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial, de desejar a todas e todos umas férias repousantes e que os compromissos que vão assumir sejam melhores (mais úteis, justos e generosos) do que os que assumiram o ano passado. É assim o nosso caminho. A nossa Associação continua firme no seu compromisso de contribuir para que os professores sejam ouvidos e respeitados. E representamos os professores para atingir a qualidade de educação dos alunos com necessidades educativas especiais, esses sim a razão de ser de toda a nossa formação, empenho e profissionalidade."

Até breve!
David Rodrigues
Presidente da Pin-ANDEE

Editorial da 2ª newsletter do mês de Junho da Pró-Inclusão: Associação Nacional de Docentes de Educação Especial (PIN-ANDEE)

Autismo, uma doença de muitas mutações

Artigo do Público de 9 de Junho de 2011. Por Clara Barata.

O autismo não é uma doença única – são muitas doenças. E pode surgir devido a uma panóplia de mutações raras, que não são herdadas do pai ou da mãe, surgem espontaneamente, num mínimo de 250 a 300 pontos do genoma, e afectam o desenvolvimento do sistema nervoso da criança, adiantam três artigos científicos publicados hoje na revista Neuron. Estes tentam avançar também com uma explicação para a desigualdade da doença relativamente aos sexos, ao afectar quatro vezes mais rapazes do que raparigas.Foram estudadas mil famílias que têm um filho saudável e outro com uma das desordens do espectro do autismo – designação onde cabem muitas doenças diferentes. Esta base de dados foi uma das novidades metodológicas, sublinha um comunicado da Fundação Simons, a instituição americana que a coligiu: a maioria dos estudos feitos até agora concentrou-se em famílias onde mais do que um filho é autista, o que implica uma forte componente hereditária. Se só um dos filhos é autista, a explicação genética é, provavelmente, diferente.Os cientistas concentraram-se assim na busca das mutações genéticas que surgem espontaneamente nas crianças afectadas. Michael Wigler, do Laboratório de Cold Spring Harbor, em Nova Iorque, um dos líderes da equipa de investigadores, tinha desenvolvido a hipótese de que estas mutações podiam estar na origem de pelo menos metade dos casos de desordens do espectro autista. Algo de semelhante acontece com outra doença mental, a esquizofrenia.Estas mutações de novo, ou espontâneas duplicam, ou então apagam, segmentos de ADN do genoma (pense num romance em que são apagadas aleatoriamente algumas linhas de texto, ou então repetidas outras linhas, um certo número de vezes). Toda a gente tem alguns fragmentos de ADN apagados ou repetidos; mas na maioria dos casos não afecta genes essenciais, nem causa doenças.Elas e as sinapsesNestes estudos publicados na Neuron, os cientistas descobriram muitas destas mutações em oito por cento dos irmãos com autismo. Isto quer dizer que as mutações são quatro vezes mais frequentes nos irmãos afectados do que nos saudáveis. Pelo menos 75 das mutações descobertas pareciam prometedoras para a investigação e em seis delas é provável que se façam descobertas interessantes.Um dos estudos concentrou-se em tentar perceber se estas zonas do genoma sugeriam alguma espécie de coerência, uma rede funcional ou molecular. E, curiosamente, os resultados foram positivos, diz o trabalho coordenado por Dennis Vitkup, da Universidade Columbia, em Nova Iorque. “Esta análise dá uma boa base de sustentação à hipótese de que na origem do autismo esteja a perturbação da formação de sinapses”, escreve a equipa na Neuron. As sinapses são os pontos de junção que permitem aos neurónios comunicar entre si, trocando sinais químicos ou eléctricos, transmitidos através das suas extensões, axónios e dendrites.Será que as raparigas são mais resistentes às desordens do espectro do autismo porque “atingem um certo número de marcos de desenvolvimento cognitivo” mais cedo do que os rapazes?, lança a equipa de Wigler na Neuron como hipótese. “Por exemplo, em geral, as meninas dizem as suas primeiras palavras numa idade mais precoce. Um ritmo de desenvolvimento mais rápido poderia reflectir uma robustez que protegesse o sexo feminino”, escrevem.O autismo é diagnosticado a partir dos três anos de idade e o estudo revelou que, para que as meninas sejam afectadas pelas mutações genéticas espontâneas, estas têm que ser muito maiores e têm que atingir muito mais genes do que no caso dos rapazes (15 genes por mutação em média para elas, dois para eles). Além disso, quando as mulheres são autistas, é mais provável que tenham uma forma severa da doença. Entre os homens, há mais casos de pessoas que conseguem funcionar relativamente bem em sociedade, apesar de sofrerem de uma desordem que afecta, precisamente, as suas capacidades de relacionamento social.Williams, no ponto oposto. Uma outra descoberta tem implicações curiosas para o estudo da base genética do nosso cérebro social: algures no braço mais curto do nosso cromossoma 7 fica uma região denominada “7q11.23″ que está associada a uma doença chamada síndrome de Williams, que é o oposto do autismo: faz com que as pessoas se tornem altamente empáticas e saciáveis, extremamente sensíveis ao estado emocional dos outros. Isto, porque naquela região surgiram mutações que fizeram surgir cópias extra do genoma.No caso das mutações detectadas agora, associadas ao síndrome do espectro autista – em que há dificuldade em comunicar com os outros e manter relações sociais, em termos gerais -, faltam segmentos de ADN.“Esta região do genoma pode tornar-se a Pedra de Roseta para estudar o desenvolvimento do cérebro social”, tal como a célebre pedra serviu para decifrar os hieróglifos egípcios, comentou Matthew State, da Universidade de Yale, outro membro da equipa, citado num comunicado da Fundação Simons. Mas não é de esperar que deste estudo saia uma “bala mágica”, um medicamento contra o autismo – porque não existe uma doença única, ou um gene único que cause a cause. “A diversidade é tal que um único tratamento visando uma forma específica do autismo pode não ter efeito sobre a maioria dos casos”, explica Michael Wigler, citado pela agência AFP.“Mas quando os genes com mutações relacionadas com o autismo forem identificados”, disse ainda, pensando numa próxima geração de tecnologia, “poderemos começar a pensar nos problemas específicos de cada criança, e não em tratar vários problemas em conjunto.”O autismo, que parece estar em crescimento – ou é cada vez mais detectado, provavelmente -, afectando pelo menos um por cento da população, está a assemelhar-se a outra doença da modernidade. “Uma complexidade genética semelhante é aparente em muitos cancros”, sublinha a equipa de Vitkup, que verificou se as mutações ligadas ao autismo teriam alguma coerência funcional.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

A despedida do ano lectivo...

Pois é, como já tinha partilhado... o ano lectivo estava a acabar, a saudade já estava a apertar e a despedida planeada para ser em grande!! E assim foi... A Ilha de Tavira esteve ao rubro e deixou marcas para recordar por muito e muito tempo.


Aqui fica uma foto tirada por nós....

Boas Férias meus Meninos!...

Nova lei promove mais apoios do IEFP a entidades que empregam deficientes

Notícia de 15 de Junho de 2010


O Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) financiava, até esta data, os custos da instalação de centros de emprego protegido que empregam pessoas com deficiência ou incapacidade, até 75% das despesas elegíveis nas modalidades de subsídio reembolsável e empréstimo sem juros. Mas a nova lei, publicada ontem em Diário da República, decretada pelo Parlamento, vem alargar esta possibilidade até 100%.
Assim, os apoios do IEFP também irão poder assumir a forma de prémio de incentivo à transição para o mercado normal de trabalho, bem como a comparticipação nas despesas do técnico de acompanhamento laboral, nos termos a regulamentar ainda pelo Governo. A medida vai entrar em vigor com a aprovação do Orçamento do Estado para 2012.Até ao momento, as empresas privadas também podiam ser compensadas pelo IEFP com retribuição, mas unicamente por um período de cinco anos, prorrogáveis até mais cinco anos se o trabalhador não atingisse capacidade produtiva superior a 75% da capacidade normal exigida a outra pessoa nas mesas tarefas. Mas com a nova lei aprovada, este apoio será devido até que o trabalhador atinja essa capacidade de 75% ou até que transite para um regime normal de trabalho. E sempre que o trabalhador atinja a capacidade produtiva de 75%, mas não seja possível a sua transferência para o regime normal de trabalho, os apoios serão renovados anualmente.Os centros de emprego protegidos são estruturas produtivas ou pessoas colectivas de direito público ou privado que proporcionam a pessoas com deficiência, incapacidade ou capacidade de trabalho reduzida a possibilidade de estas exercerem uma actividade profissional e desenvolverem competências necessárias à sua integração, sempre que possível, em regime normal de trabalho.A nova lei vem possibilitar que o IEFP também passe a conceder apoio à gestão dos centros de emprego protegidos, se assim for solicitado, além dos apoios à instalação e funcionamento já previstos.

Fonte: Ajudas

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Hiperactividade nas letras

Meu cérebro hiperactivo,
não pára de pensar.
Não me deixa dormir,
não sabe descansar.
Meu cérebro hiperactivo,
não me deixa relaxar.
Só quando ultrapassa a razão
e deixa a emoção prevalecer,
posso então dar vez à compulsão, 
que me leva a escrever.

In: Recanto das Letras

Reveladas primeiras imagens do cérebro quando uma pessoa fica inconsciente

Imagem captada do vídeo da Universidade de Manchester (Foto: Universidade de Manchester)

Pela primeira vez, investigadores britânicos conseguiram captar em vídeo o que se passa no cérebro quando uma pessoa perde a consciência. O novo método, dizem, pode ajudar à recuperação de doentes com danos cerebrais.
O novo aparelho – chamado tomografia funcional de impedância eléctrica de resposta provocada – foi aplicado pela equipa de Brian Pollard, da Universidade de Manchester, no Reino Unido. Os investigadores gravaram a actividade cerebral de 20 pessoas, depois de lhes ter sido administrada uma anestesia geral, explica a revista “New Scientist”.
Esta técnica mede a resistência a uma pequena corrente gerada por eléctrodos aplicados na cabeça, para avaliar a actividade eléctrica do cérebro. Ao realizar cem leituras por segundo, a equipa conseguiu produzir um vídeo da actividade de todo o cérebro.
À medida que a pessoa perde a consciência, diferentes partes do cérebro parecem começar a “falar” umas com as outras, explicou a equipa responsável pelo projecto, na semana passada, no Congresso Europeu de Anestesiologia, em Amesterdão.
A consciência e os processos cerebrais nela envolvidos são motivo de algum debate. Uma teoria propõe que as pessoas têm uma região no cérebro que activa ou desactiva a consciência, como se fosse um botão que se pudesse premir, explicou Pollard, citado pela revista. Outra ideia sugere que a consciência é gerada por interacções entre grupos de células cerebrais; basta inibir essa interacção e a pessoa fica inconsciente.
Segundo a “New Scientist”, o vídeo da equipa da Universidade de Manchester mostra que, à medida que a anestesia começa a fazer efeito, a actividade do cérebro aumenta significativamente em algumas zonas. Pollard acredita que se trata de uma sinalização entre células para indicar que o cérebro se prepara para se “desligar”.
Geraint Rees, da University College, em Londres, comentou à “New Scientist” que este trabalho é muito importante porque pode ser utilizado para gravar um sinal de uma pessoa com danos cerebrais que não consiga comunicar, para ver como responde a estímulos externos.
Ainda assim, Pollard diz que é preciso trabalhar e analisar mais leituras da actividade cerebral para dizer, de forma conclusiva, o que está a acontecer.

fonte: Público Online

Retina é a chave para maior visão periférica de surdos


Investigadores da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, descobriram o motivo pelo qual pessoas que nasceram surdas ou perderam a audição muito novas têm maior visão periférica.
De acordo com um artigo publicado no“PLoS One”, os cientistas encontraram, em deficientes auditivos, diferenças na distribuição das células do nervo da retina, o que lhes permite ver mais objectos nos extremos do campo de visão e, assim, ter uma melhor percepção do ambiente que os rodeia.Investigações anteriores já tinham constatado que pessoas com deficiências auditivas viam melhor. No entanto, nesses trabalhos, a explicação assentava em factores relacionados com o córtex visual, a região do cérebro que processa a visão.
Este estudo britânico é o primeiro a explicar que este acréscimo de visão deriva de diferenças no desenvolvimento da retina. Para chegar a estes resultados, os especialistas analisaram as pupilas dos voluntários através de uma técnica denominada Tomografia de Coerência Óptica.
Trata-se de um exame computorizado indolor, que faz diversos cortes ópticos muito finos na retina e avalia a sua espessura e volume, permitindo verificar as alterações anatómicas do nervo óptico. Desta forma, foi possível detectar diferenças entre a formação da retina de pessoas com e sem deficiência auditiva. Os cientistas de Sheffield também avaliaram o campo visual e compararam os resultados com as análises das retinas.“É a primeira vez que a retina é considerada como uma possibilidade para a ‘vantagem visual’ de pessoas surdas. Como tal, esta descoberta tem implicações na forma como percebemos o seu funcionamento. Com esta informação esperamos melhorar os cuidados visuais para pessoas surdas, pois este é o seu sentido mais importante”, declarou Charlotte Codina, primeira autora do estudo.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Despedida na Ilha

Pois é, mais um ano a terminar e a festa de despedida a chegar... 

Este ano a festa vai ter um gostinho especial. E porquê?! 
Porque vai ser numa Ilha...