quinta-feira, 29 de setembro de 2011

(Re) Habilitar na Deficiência - APEXA


Como já vos tinha dito a APEXA - Associação de Apoio à Pessoa Excepcional do Algarve - irá realizar no próximo dia 29 de Outubro o IV Encontro da Pessoa Excepcional do Algarve, subordinado ao tema (Re) Habilitar na Deficiência

Agora que já foi divulgado o programa... aqui vai.

Localização: Auditório Municipal de Albufeira
Horário: 9:00 às 17:00 horas.
Destinatários:  Professores, Psicólogos, Terapeutas, Técnicos Superiores de Serviço Social, Estudantes, Pais e Cuidadores.
Inscrições até 21 de Outubro (15€)



Contactos: 961 223 529 ou 289 561 637 ou 
formacao@apexa.org ou info@apexa.org

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Alunos com NEE no ensino secundário! e agora?!

Foi publicado em Diário da República o Decreto-Lei n.º 50/2011, que altera o Decreto-Lei n.º 74/2004, de 26 de Março, alterado pelos Decretos-Leis n.os 24/2006, de 6 de Fevereiro, 272/2007, de 26 de Julho, e 4/2008, de 7 de Janeiro, que estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão do currículo, bem como da avaliação das aprendizagens, referentes ao nível secundário de educação.

As disposições deste Decreto aplicam-se aos cursos de nível secundário, nomeadamente aos cursos científico-humanísticos, aos cursos tecnológicos e aos cursos artísticos especializados, incluindo os de ensino recorrente, bem como aos cursos profissionais, ministrados em estabelecimentos de ensino público, particular e cooperativo que ofereçam o nível secundário de educação.No entanto, não há referência aos alunos com necessidades educativas especiais e esta parece-me ser uma grande lacuna, uma vez que no próximo ano letivo teremos todos os alunos na escola até aos 18 anos, claro está, incluindo os alunos NEE. 

O Decreto-lei n.º 6/2001, que estabelece os princípios orientadores da organização e da gestão curricular do ensino básico, bem como da avaliação das aprendizagens e do processo de desenvolvimento do currículo nacional, refere a educação especial (apesar de remeter-nos para a legislação própria).

Este ano letivo vejo-me confrontada por esta realidade "apoiar os alunos com necessidades educativas no ensino secundário" e agora!? 

Ensinar a ler: há vários métodos para juntar as letras por Sara R. Oliveira

Sintéticos, analítico-sintéticos, globais. Os professores têm várias ferramentas para que as crianças aprendam a ler e os pais não devem ficar de fora deste processo. Da palavra à letra, da letra à palavra, passando pelas sílabas, os pré-requisitos são fundamentais.

Aprender a ler é um passo importante. Há vários métodos para ensinar a juntar as letras e reproduzir os sons e os professores têm a tarefa de escolher um ou mais para que a aprendizagem aconteça. Os pais têm também um papel importante e brincar ajuda a valorizar o processo. Segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística, referentes aos Censos de 2001, enquanto os números recolhidos este ano ainda não são conhecidos, cerca de 9% da população portuguesa é analfabeta. 

A UNESCO, organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, revela que cerca de 16% da população adulta mundial não sabe ler nem escrever, dois terços são mulheres. O Dia Internacional da Alfabetização foi assinalado a 8 de setembro. No nosso país, há sinais de melhorias: 52,4% dos jovens dos 15 aos 24 anos afirmam que a leitura é muito importante para a vida pessoal num inquérito feito em março deste ano, no âmbito da avaliação externa do Plano Nacional de Leitura (PNL). Em 2007, a percentagem era de 30,6%. Em cinco anos de existência, o PNL "ajudou a reforçar as competências de leitura" e agora quase 99% dos professores garantem que os seus alunos leem mais. 

"O processo de aprendizagem é complexo. O aluno tem de perceber que as letras reproduzem os sons da fala. Hoje, pede-se ao aluno que analise os sons que produz, a língua oral, antes e em paralelo com a aprendizagem da escrita." Ana Rodrigues, professora do 1.º ciclo do Ensino Básico, explica o caminho. Há vários métodos de aprendizagem da leitura e da escrita que se situam entre os sintéticos, analítico-sintéticos e os globais. Mas esta aprendizagem requer alguns pré-requisitos linguísticos, cognitivos e até emocionais. 

Ana Rodrigues aproveita o que considera oportuno de cada método para que os seus alunos aprendam a ler. O importante é que os mais pequenos tenham já algumas ferramentas como, por exemplo, uma boa discriminação fonológica. E os professores têm a tarefa de trabalhar os pré-requisitos com os alunos. "Por onde tenho passado, os métodos mais utilizados pelos professores são aqueles que se dizem sintéticos ou analítico-sintéticos", refere. E porque existem diferentes métodos? "Diria que se deve a uma busca pelo método ideal. A pedagogia, a psicologia, a linguística, entre outras, vão sofrendo evoluções e os processos baseados nessas disciplinas, como a aprendizagem da leitura, também", responde. 

Ana Rodrigues não reteve uma imagem do momento em que aprendeu a ler. "Não me ficou nenhuma recordação", diz. Mas tem um episódio curioso para contar. Há quatro anos, numa turma mista do 1.º e 4.º anos de escolaridade, constatou que, ao contrário do que seria de esperar, foram os alunos do 4.º ano que mostraram interesse pelas matérias e conteúdos da primeira classe. "Não esperava ver os alunos do 4.º ano completamente fascinados com o processo de aprendizagem da leitura e escrita dos do 1.º ano." "Falámos sobre isso e eles, apesar de terem efetuado a aprendizagem da leitura há pouco tempo, não tinham memória, consciência, do desenrolar desse processo", lembra. 

Manuela Sousa, professora do 1.º ciclo, refere que o método mais utilizado para ensinar a ler é aquele que acompanha os manuais, ou seja, o sintético. "É evidente, quer seja este método utilizado ou outro, ele nunca estará a ser utilizado de forma exclusiva", avisa. O professor tem a liberdade de misturar métodos. Para a professora, mais importante do que isso são as estratégias utilizadas. 

"É necessário haver estratégia, gestão e todo um conjunto de criatividade que permitam ao aluno aprender." A estratégia não pode caminhar em apenas um sentido e os conhecimentos que o aluno tem são importantíssimos para juntar as letras e começar a ler. "Acredito que antes de iniciar qualquer tipo de aprendizagem na leitura e escrita de palavras, frases, textos, há que insistir na parte fonológica. Porque o ‘a' não tem sempre o mesmo som", explica. Para Manuela Sousa, não há uma melhor maneira de as crianças aprenderem a ler. "Há um professor, um orientador". 

Neste momento, a articulação entre o pré-escolar e o 1.º ciclo acaba por espicaçar a curiosidade dos mais pequenos que têm ao dispor livros do Plano Nacional da Leitura e que se habituam à presença das letras cada vez mais cedo. Joaquina Quintas, professora do 1.º ciclo, também refere que há vários métodos para ensinar a ler e a escrever. Da palavra à letra, ou da letra à sílaba e depois à palavra, ou das histórias que conduzem à letra, há de tudo um pouco para abrir as portas ao mundo das letras. "Não há um método rígido". 

"Normalmente, acaba por haver uma fusão de métodos para uma melhor aprendizagem da leitura e da escrita." Os professores podem escolher e adaptar o que acharem mais conveniente ao grupo que encontram pela frente. Este ano, com o plano de leitura da Língua Portuguesa, os docentes acabam por ter mais formação na área. E se há um aluno que se atrasa? "O professor pode usar outras maneiras de estar no grupo, outro método." 

Joaquina Quintas aprendeu a ler da maneira tradicional, da letra à palavra, pela memorização. Há mais de 30 anos no ensino, a experiência mostra-lhe que hoje as crianças aprendem a ler mais cedo e com menos dificuldades. "Têm contacto direto com os livros a partir do pré-escolar, dos três anos, e há muitos jogos didáticos magnéticos, para construírem palavras." Há mais contacto com a TV e com os computadores. A professora do 1.º ciclo chegou a ter alunos que aprenderam a ler com o antigo programa da RTP "Rua Sésamo". Há uma nova maneira de estar que naturalmente se reflete quando os mais pequenos dão os primeiros passos na escola. 

Aprender a brincar 
Maria José Araújo, professora da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico do Porto, adianta que as crianças aprendem cada vez mais cedo a ler e a escrever ao observar e ao interagir com os adultos e amigos "em aprendizagens focadas em rotinas, histórias e atividades sociais diferenciadas". "Há uma diferença entre colocar crianças a memorizar letras e números, a fazer fichas estandardizadas sem significado social, e o uso de diferentes formas de grafismo e registo que permitem às crianças a possibilidade de usufruir de uma aprendizagem pela descoberta", sustenta. 


Fonte: Educare

FORUM 'Alunos com NEE no Ensino Superior – ameaças e oportunidades'


Dinamizadora: 
Drª. Lília Pires, Coordenadora do Grupo de Trabalho de Apoio aos Estudantes com Deficiência no Ensino Superior – GTAEDES.



Local: 
Auditório do INR, I.P. – Av. Conde de Valbom, 63 – LISBOA


Data: 

dia 29 de Setembro de 2011 – Quinta-feira


Hora: 
das 15h00 às 17h00

A entrada é livre, sem inscrição prévia.Nota importante – As Pessoas surdas com necessidade de Intérprete de LGP, deverão informar o INR, I.P. até às 16:00 horas do dia 23 de Setembro de 2011. 

Contactos:
Adalberto Fernandes
Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P.
Avenida Conde de Valbom, nº 63 1069-178 Lisboa
Tel: 21 792 95 00
E-mail: inr@inr.mtss.pt

Fonte: ajudas.com

sábado, 24 de setembro de 2011

EDUCAÇÃO INCLUSIVA E EDUCAÇÃO ESPECIAL: UM GUIA PARA DIRECTORES


Encontra-se disponível para download a publicação Educação Inclusiva e Educação Especial: Um guia para Diretores.
Elaborado com base nos contributos de diversos profissionais que se disponibilizaram a partilhar as suas práticas, e fruto de uma aprofundada reflexão sobre as mesmas, este Guia pretende constituir um suporte à ação dos diretores de agrupamentos de escolas e de escolas não agrupadas.

Fonte: DGIDC

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

IV Encontro da Pessoa Excepcional do Algarve

A APEXA - Associação de Apoio à Pessoa Excepcional do Algarve - irá realizar no próximo dia 29 de Outubro o IV Encontro da Pessoa Excepcional do Algarve, subordinado ao tema (Re) Habilitar na Deficiência.
Localização:
Auditório Municipal de Albufeira
Horário:
9:00 às 17:00 horas.
Destinatários:
Professores, Psicólogos, Terapeutas, Técnicos Superiores de Seviço Social, Estudantes, Pais e Cuidadores.

Contactos: 961 223 529 ou 289 561 637
formacao@apexa.org ou info@apexa.org


O programa será divulgado brevemente.


APEXA
Associação de Apoio à Pessoa Excepcional do Algarve
Escola Primária Valverde Cx. P. 553T
Guia - Albufeira

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Mudar!!!

Fiquei hoje a saber que o facto de ter sido colocada na minha 15ª preferência quando três colegas (que estão atrás de mim na lista de graduação) ficaram na minha 1ª preferência... 

(... sem qualquer desprimor para eles que certamente irão realizar um bom trabalho...)

... não permite que possa vir a dar continuidade ao meu trabalho dos dois últimos anos letivos... 

E É LEGAL! 

Sim, a legislação portuguesa permite esta situação!!

Aos "meus meninos"... 

...estarei sempre presente quando precisarem!!!



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

“Podemos fazer a diferença…” por Sandra Porto Ferreira

Queremos uma escola que nos faça sonhar e que alimente os nossos sonhos, queremos uma escola que desenvolva competências, possibilitando transformar esses nossos sonhos em realidades sólidas.

Educar é, em todos os momentos, ajudar a desenvolver valores, consolidar convicções, permitir a formulação de critérios, acarinhar opções e estimular a tomada de decisão. O processo educativo tem uma "magia" que não pode reduzir-se a um corpo metodológico assente em receitas mais ou menos abstratas . Carece, contudo, de um fundamento concetual , apoiado em suportes teóricos credíveis, estudos empíricos e instrumentos adequados, que constituam a sua base de sustentação e de apoio. Este processo sempre sistémico e transversal, tem que ancorar no espaço e tempo e, em consequência, tem de se adaptar aos diferentes contextos educacionais a aos seus públicos. 

Para o século XXI desejamos uma educação aberta às realidades da sociedade, em que o principal, objetivo seja uma educação para a vida, ligada às realidades da comunidade em geral. 

Não queremos uma escola que passe apenas conteúdos. Queremos uma escola que nos faça sonhar e que alimente os nossos sonhos, queremos uma escola que desenvolva competências, possibilitando transformar esses nossos sonhos em realidades sólidas. Enfim, uma escola que, através da criatividade, da reflexão sistematizada, conduza ao empreendorismo, à livre iniciativa e tomada de decisão, à cidadania responsável. Parafraseando Edgar Morin em Sete Saberes da Educação do Futuro, consideramos que é necessário evitar "as cegueiras do conhecimento" que impeçam a reflexão do que é saber, como construir o saber, rever e atualizar processos diminuindo as entropias. 

Neste contexto de mudanças, e porque estaremos empenhados em construir uma nova reforma de viver a escola, é importante refletirmos sobre que tipo de trabalho temos desenvolvido nas nossas escolas e qual o efeito. Que resultados temos alcançado. Qual é na verdade a função social da escola? A escola está realmente a cumprir ou procura cumprir a sua função como agente de intervenção na sociedade? Para se conquistar o sucesso é necessário que se entenda e que tenha clareza do que se quer alcançar. A escola precisa de ter objetivos bem definidos, para que possa desempenhar bem o seu papel social, que é a sua maior preocupação. O alvo deve ser o crescimento intelectual , emocional, espiritual do aluno e para que esse avanço venha a fluir é necessário que a escola esteja desobstruída. 

A educação engloba ensinar e aprender. O mundo não é perfeito, mas se cada um de nós fizer o que está ao seu alcance, podemos todos juntos fazê-lo melhor.

Para ler mais clique aqui: Educare.pt

Centenas de escolas começam ano letivo sem psicólogos

Cerca de 300 escolas ou agrupamentos de escolas iniciam a partir de amanhã o ano letivo sem serviço de psicologia, por falta de abertura de vagas para a contratação de profissionais.

O ano letivo começa amanhã para cerca de 300 escolas ou agrupamentos de escolas que voltam a abrir sem serviço de psicologia, uma vez que ainda não foi autorizada a abertura de vagas para a contratação destes profissionais.
Em declarações prestadas hoje à Lusa, Daniela Gomes, do Movimento pró-ANPSE (Associação Nacional de Psicólogos Escolares), lamentou que, "tal como sucedeu no ano letivo anterior, este ano as escolas voltem a abrir sem o serviço de psicologia, estando estes profissionais no desemprego desde 31 de agosto, quando terminou o contrato anual de trabalho".

Desenvolvimento psicológico dos alunos sem apoio


"Voltamos à estaca zero. O ano passado só começámos a ser colocados a partir do final de novembro e este ano parece que vamos pelo mesmo caminho. Continuamos a aguardar pacientemente e na total incerteza que seja autorizada a abertura de vagas para o corrente ano letivo", disse. 
Neste momento, segundo Daniela Gomes, "nem os agrupamentos TEIP (territórios educativos de intervenção prioritária) têm autorização para a abertura de processo concursal para colocação de psicólogos".
"Apenas as escolas com Serviço de Psicologia e Orientação (SPO), ou seja, psicólogos de quadro (cujo último concurso a nível nacional remonta a 1997) terão assegurados os serviços de psicologia. Desta forma, mais uma vez, estamos a falar de milhares de crianças e jovens que veem negado um direito consagrado na Lei de Bases do SE e no estatuto do aluno", sustentou. 
A psicóloga considerou que está em causa o apoio ao desenvolvimento psicológico dos alunos e à sua orientação escolar e profissional, bem como o apoio psico-pedagógico às atividades educativas previsto na Lei de Bases do Sistema Educativo.
O movimento que está a criar uma associação de âmbito nacional reivindica a contratação profissional dos psicólogos pelo Ministério da Educação, vinculando-os de forma estável e possibilitando-lhes a entrada e progressão na carreira.
Nos últimos anos, os psicólogos têm sido contratados para desenvolvimento de projetos de combate ao insucesso escolar, por contratação de escola, ao abrigo do Decreto-Lei n.º 35/2007, de 15 de fevereiro, e da Lei n.º 23/2004, de 22 de junho.
A Lusa solicitou esclarecimentos ao Ministério da Educação, mas até ao momento não obteve resposta.

Fonte: Expresso

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Rentrée escolar. Falta de verbas paralisa cursos profissionais, apoio a deficientes e escolas de risco

A uma semana do início das aulas, escolas não sabem com que recursos contam para assegurar o ano lectivo.

Bastaria um ok do governo e começariam todos a trabalhar para recuperar o tempo perdido. Só que esse ok tarda em chegar e, portanto, os agrupamentos que trabalham com alunos de risco, os centros que apoiam crianças com deficiências nas escolas ou o ensino profissional estão ainda sem saber com o que podem contar.


O regresso às aulas acontece já na próxima semana, mas por enquanto a ordem que têm do Ministério da Educação e Ciência é para esperar. Esperar pelo financiamento que vai permitir aos 74 centros de recursos para a inclusão definir quantos alunos podem apoiar nas escolas, quantas horas vão precisar ou quantos técnicos vão contratar. Esperar pelas verbas para 140 escolas de ensino profissional privado recrutarem professores e formar turmas. E esperar ainda que a tutela autorize cada uma das 105 escolas públicas integradas no programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) a contratar psicólogos, assistentes sociais, mediadores culturais ou outros técnicos para darem continuidade aos projectos com vista a reduzir o insucesso escolar.Está tudo à espera porque há pouco mais a fazer, senão ficar à espera. "Fizemos os nossos planos de acção em articulação com os agrupamentos e enviámos tudo para a tutela aprovar", conta Rogério Cação, dirigente da Fenacerci - Federação de Cooperativas de Solidariedade Social - que presta apoio aos alunos com necessidades educativas especiais. Nas escolas consideradas de risco, este trabalho está outra vez a ser feito. "Recebemos ontem [quarta-feira] uma indicação da Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular para enviarmos até amanhã [hoje] todas as acções que queremos desenvolver no âmbito do programa TEIP e o número de técnicos de que vamos precisar", explica Manuel Pereira, director do agrupamento de escolas de Cinfães e ainda presidente das Associação Nacional de Dirigentes Escolares. Esta tarefa, aliás, já tinha sido solicitada em finais de Julho pela Direcção-Geral de Recursos Humanos da Educação.Nas escolas privadas de ensino profissional, a angústia é maior. Os recados deixados pela anterior tutela são a única informação de que dispõem. "Primeiro, foi-nos dito que iriam reduzir as turmas, depois disseram que iriam manter o número de alunos, mas teriam de sacrificar os Cursos de Educação e Formação (CEF) que não continuam. Com esta tutela só temos tido silêncio como resposta", conta Luís Trevas, dirigente da Associação Nacional de Escolas Profissionais que diz, no entanto, ter uma reunião com a secretária de Estado do Ensino Básico na segunda-feira, para discutir esta questão. O problema estende-se igualmente às escolas da rede pública que têm alunos a frequentar os CEF e os cursos profissionais. "Os professores estão assegurados, mas falta autorização para contratar os técnicos (mecânicos, serralheiros, electricistas, etc.) que asseguram metade do tempo lectivo destas turmas", explica Manuel Pereira.O i apurou, no entanto, que parte das verbas para o ensino profissional e CEF está em vias de ser desbloqueada pelo Ministério da Economia, mas apenas para as regiões do Norte, Centro e Alentejo. Lisboa e Algarve são casos mais complicados. Nas outras três regiões do país, Bruxelas paga 75% da formação dos técnicos - deixando o restante a cargo do Estado português. Lisboa e Algarve não podem beneficiar de fundos do Programa Operacional Potencial Humano porque já superaram o nível médio europeu de desenvolvimento. Logo, o esforço do governo para manter estes cursos é muito maior.O mesmo acontece, aliás, com as 105 escolas abrangidas pelo programa TEIP, mas neste caso, Portugal conseguiu negociar um regime de excepção para que Lisboa e Algarve obtivessem um financiamento pouco acima dos 50%. Só que os directores escolas de risco também não sabem quando chega a autorização da tutela. "Queríamos ter tudo a postos para o início do ano, queríamos até que os psicólogos se pudessem reunir com os encarregados de educação no primeiro dia de aulas... se é que eles vão chegar... nem quero pensar nessa hipótese...", diz Manuel Pereira.

Fonte: i online